A inflamação (do Latim inflammatio, atear fogo) ou processo inflamatório é uma resposta dos organismos vivos homeotérmicos a uma agressão sofrida. Entende-se como agressão qualquer processo capaz de causar lesão celular ou tecidual. Esta resposta padrão é comum a vários tipos de tecidos e é mediada por diversas substâncias produzidas pelas células danificadas e células do sistema imunitário que se encontram eventualmente nas proximidades da lesão.
A inflamação pode também ser considerada como parte do sistema imunitário, o chamado sistema imune inato, assim denominado por sua capacidade para deflagar uma resposta inespecífica contra padrões de agressão previamente e geneticamente definidos pelo organismo agredido. Esta definição se contrapõe à da imunidade adquirida, ou aquela onde o sistema imune identifica agentes agressores específicos segundo seu potencial antigênico. Neste último caso o organismo precisa entrar em contato com o agressor, identificá-lo como estranho e potencialmente nocivo e só então produzir uma resposta.
Este blog foi criado com o incentivo do professor Flavio Furtado, docente da disciplina de patologia geral, do curso de fisioterapia, da faculdade Leão Sampaio, e mantido por mim franiete santos aluna do 3° semestre de fisio. Trataremos de assuntos relacionados a patologia geral,como tambem alguma abordagens sobre anatomia para complementação do blog. sejam todos bem vindos.
domingo, 7 de novembro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
estudando muiiiiiiiiiiiiitoooooooooooooooo
oi visitantes essas duas ultimas semanas não fiz postagens pois estava muito ocupada estudando para as AV¹, mais estou de volta para continuar aprofundando meus conhecimentos sobre essa diciplina facinante que é a patologia e vim postando meus resumos aqui.
e que venha as AV²... Porque ta assim né o tempo ta voando tanto que as av² ja ta é chegando... kkkk
abraços
sábado, 25 de setembro de 2010
Calcificação
O corpo humano adulto tem entre 1 a 2 quilogramas de cálcio, dos quais 90% estão localizados no esqueleto e dentes, na forma de hidroxiapatita. Cerca de 500 mg de cálcio são mobilizados dos ossos pela osteólise osteocítica e redepositados no novo tecido osteóide aposto a cada dia. Em uma dieta normal ingere-se de 600 a 1000 mg de cálcio por dia, a maior parte sendo excretado pelo tubo intestinal (cerca de 760 mg/dia), pelos rins (100 a 300 mg/dia, proporcional à natriurese) e pela sudorese.
A absorção do cálcio se dá no duodeno por transporte ativo dependente de proteínas, e é inibida na deficiência de vitamina D, na uremia, e no excesso de ácidos graxos. A calcemia normal fica entre 8.8 a 10.4 mg% (2.2 a 2.6 mM). A manutenção desses níveis adequados de cálcio é parte importante no tratamento de diversas enfermidades e merece a atenção de vários profissionais ligados à saúde. No plasma, o cálcio está presente sob a forma de íons livres - importantes na regulação da coagulabilidade sangüínea e da irritabilidade neuromuscular (a hipocalcemia causa tetania); ligados a proteínas (50% da calcemia) e em complexos difusíveis.
Quando sais (fosfatos, carbonatos e citratos) de cálcio (e também de ferro, magnésio, e outros) são depositados em tecidos frouxos não osteóides, em órgãos parenquimatosos, na parede dos vasos, e em pleuras ou meninges, enrigecendo-os, dá-se o nome de calcificações ou mineralizações - patológicas.
Apesar de se constituírem em um capítulo à parte dentro da patologia geral, as calcificações patológicas ocorrem em concomitância com vários processos gerais, como as necroses e degenerações e podem estar presentes em virtualmente qualquer lesão crônica.
Convém salientar que apesar de essencial, o cálcio é um elemento tóxico para as células. Por essa razão existem mecanismos diversos e complexos para manter um elevado gradiente de concentração com cálcio intracitoplasmático rigorosamente baixo. Isto permite o seu papel como segundo mensageiro na tradução dos sinais participando de importantes processos como ativação, secreção, contração, exaustão e mesmo a morte celular.
A deposição patológica de minerais e sais de cálcio pode ocorrer nos tecidos em duas formas: Na calcificação distrófica ou local - que afeta tecidos lesados e não depende dos níveis plasmáticos de cálcio e fósforo; e na calcificação metastática ou geral - onde a hipercalcemia resulta na precipitação dos sais em tecidos normais.
No próximo post falarei individualmente sobre a calcificação distrófica e a metastática.
Fonte: Wilkipédia e
ROSOL, TJ, et alii. Pathophysiology of calcium metabolism.
A absorção do cálcio se dá no duodeno por transporte ativo dependente de proteínas, e é inibida na deficiência de vitamina D, na uremia, e no excesso de ácidos graxos. A calcemia normal fica entre 8.8 a 10.4 mg% (2.2 a 2.6 mM). A manutenção desses níveis adequados de cálcio é parte importante no tratamento de diversas enfermidades e merece a atenção de vários profissionais ligados à saúde. No plasma, o cálcio está presente sob a forma de íons livres - importantes na regulação da coagulabilidade sangüínea e da irritabilidade neuromuscular (a hipocalcemia causa tetania); ligados a proteínas (50% da calcemia) e em complexos difusíveis.
Quando sais (fosfatos, carbonatos e citratos) de cálcio (e também de ferro, magnésio, e outros) são depositados em tecidos frouxos não osteóides, em órgãos parenquimatosos, na parede dos vasos, e em pleuras ou meninges, enrigecendo-os, dá-se o nome de calcificações ou mineralizações - patológicas.
Metabolização do Cálcio no organismo. |
Apesar de se constituírem em um capítulo à parte dentro da patologia geral, as calcificações patológicas ocorrem em concomitância com vários processos gerais, como as necroses e degenerações e podem estar presentes em virtualmente qualquer lesão crônica.
Convém salientar que apesar de essencial, o cálcio é um elemento tóxico para as células. Por essa razão existem mecanismos diversos e complexos para manter um elevado gradiente de concentração com cálcio intracitoplasmático rigorosamente baixo. Isto permite o seu papel como segundo mensageiro na tradução dos sinais participando de importantes processos como ativação, secreção, contração, exaustão e mesmo a morte celular.
A deposição patológica de minerais e sais de cálcio pode ocorrer nos tecidos em duas formas: Na calcificação distrófica ou local - que afeta tecidos lesados e não depende dos níveis plasmáticos de cálcio e fósforo; e na calcificação metastática ou geral - onde a hipercalcemia resulta na precipitação dos sais em tecidos normais.
No próximo post falarei individualmente sobre a calcificação distrófica e a metastática.
Fonte: Wilkipédia e
ROSOL, TJ, et alii. Pathophysiology of calcium metabolism.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Esporão do Calcâneo
Radiografia de um esporão a seta indica o Esporão do Calcanêo |
O esporão de calcâneo é quando uma pessoa apresenta uma calcificação no osso calcâneo que se localiza no calcanhar. Esta nome é uma referência à espora do galo devido a semelhança com a lesão.
Está patologia esta associada a :
- tendinite crônica da fáscia plantar que pode provocar uma calcificação na inserção deste músculo no osso calcâneo ou,
- tendinite crônica afetando a inserção do tríceps sural (tendão de Aquiles) provocando uma calcificação em forma de esporão em direção a sola do pé ou,
- um calo ósseo no próprio calcâneo devido ao excesso de impacto do calcanhar com o chão .
Só as tendinites na sola do pé não caracterizam o esporão, que tem seu diagnostico confirmado pela simples imagem do Radiografia.
O que é importante no caso , é não deixar evoluir as tendinites a este ponto, pois para o corredor que apresenta o esporão existe uma alta probabilidade de indicação cirúrgica. Em alguns casos , a fisioterapia associada ao uso de uma calcanheira ajudam a aliviar os sintomas pela ação antiinflamatória e também diminuindo o impacto do pé no solo. Também é indicado uma reeducação da marcha e da corrida a fim de diminuir o impacto do calcanhar com o solo, dando soluções biomecânicas ao problema.
Também é importante um trabalho preventivo , ou seja, aqueles que sentem a região sensível após as rodagens devem trabalhar com um bom amortecimento no calcanhar e não correr com tênis muito velho, não andar descalço etc...
Outra coisa importante é não deixar as lesões evoluírem demais, ou seja, sentiu dor procure um médico para receber o tratamento adequado, ao invés de achar que é frescura ou que isto passa sozinho. Outra coisa é evitar de correr com dor no local pois isto também agrava a lesão.
sábado, 18 de setembro de 2010
A ENDOMETRIOSE
A endometriose é uma doença definida pela presença do endométrio (tecido normal que recobre o útero) fora do seu local habitual. Além das dores intensas próprias desta debilidade, estima-se que até 50% das mulheres afetadas sejam inférteis. Além destes, há outros sintomas que podem levar ao diagnóstico correto,No momento da menstruação, parte do sangue eliminado passa pelas trompas e cai dentro da barriga. Esse sangue contém células que têm a capacidade de crescer em locais como o ovário. Quando o sistema imunológico responsável pela defesa do organismo não consegue eliminar essas células, a doença endometriose se estabelece.
DIAGNÓSTICO:
A endometriose é diagnosticada basicamente por duas queixas importantes: dor pélvica e infertilidade. “A mulher sofre de muita dor de modo geral, começando com muita cólica menstrual, que às vezes não melhora com remédio e vai piorando e ela descobre que também é infértil. Esta dor pode ser sentida na cólica menstrual (dismenorréia) ou fora da menstruação, e na relação sexual também”, explica Marco Aurélio Pinho de Oliveira, ginecologista, professor da Faculdade de Ciências Médicas e chefe do ambulatório de endometriose do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE).
O profissional fala sobre a diferença entre as cólicas menstruais e as dores próprias da endometriose. “O que diferencia é a intensidade e a frequência. A cólica própria da endometriose vem todo mês, não é de vez em quando. A paciente usa remédio sempre por causa da intensidade. Essa melhora da dor é apenas parcial, não é 100%, e a mulher continua com dor e isso ao longo da vida vai piorando, em vez de se equilibrar. Esta é uma característica da endometriose”, esclarece.
Em casos menos frequentes, os sintomas podem se diferenciar. De acordo com o profissional, algumas mulheres podem verificar a perda de sangue pela urina ou pelo reto durante o período menstrual. “Isso tudo pode ser a invasão da endometriose na bexiga ou no intestino, então, se a paciente tem um sangramento desse tipo é indicativo da doença”, alerta. Segundo Dr. Marco Aurélio, durante o exame de toque só é possível suspeitar da endometriose quando a doença está em estágio avançado. “A endometriose mínima e leve tem um toque e resultado de exame de ultrassom normais. O que vai esclarecer é a laparoscopia, uma cirurgia para olhar dentro da barriga e ver se há endometriose”, ensina. O ginecologista explica que a solicitação deste exame somente é feita quando a mulher não consegue engravidar ou sente muita dor. Em casos nos quais a doença esteja mais avançada, o médico explica que é possível perceber um nódulo duro atrás do útero durante o exame no consultório. O profissional informa que para confirmar a suspeita da doença, uma ressonância magnética e exames de sangue podem ser solicitados.
TRATAMENTO:
O tratamento da endometriose, hoje, depende de uma avaliação cuidadosa de cada caso, e de um “bate-papo” sincero entre o médico e a paciente, que resolverão juntos o caminho a ser seguido. Geralmente o tratamento é realizado usando tratamento hormonal e cirúrgico e serve para equilibrar os sintomas da paciente, proporcionando uma melhora da dor e fazendo com que a mulher engravide.
Uma melhora significativa ocorre depois da menopausa, pois, segundo o profissional, quando a mulher menstrua, pode desenvolver novamente a doença. “Depois da menopausa, se não fizer reposição hormonal, a mulher praticamente não terá mais problemas”, enfatiza.O tratamento fisioterápico consiste em harmonizar o sangue, cessar o sangramento, diminuir a estagnação, acalmar e nutrir o sangue, cessar a dor com massagens terapeuticos.
A endometriose é atualmente uma das principais causas de infertilidade na mulher. “Uma boa parte das pacientes com endometriose é infértil. Existe normalmente um prejuízo do grau da fertilidade, mas às vezes a paciente engravida depois de um tempo. Então se estima que até 50% das mulheres com endometriose são inférteis, o que é um número alto”, finaliza.
FONTE: Essas informações foi retirada do bate-papo on line com o Marco Aurélio Pinho de Oliveira,
Ginecologista, professor da Faculdade de Ciências Médicas e chefe do ambulatório de endometriose do Hospital Universitário Pedro Ernesto
Para maiores informações visitem o site oficial
www.portaldaendometriose.com.br
DIAGNÓSTICO:
A endometriose é diagnosticada basicamente por duas queixas importantes: dor pélvica e infertilidade. “A mulher sofre de muita dor de modo geral, começando com muita cólica menstrual, que às vezes não melhora com remédio e vai piorando e ela descobre que também é infértil. Esta dor pode ser sentida na cólica menstrual (dismenorréia) ou fora da menstruação, e na relação sexual também”, explica Marco Aurélio Pinho de Oliveira, ginecologista, professor da Faculdade de Ciências Médicas e chefe do ambulatório de endometriose do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE).
O profissional fala sobre a diferença entre as cólicas menstruais e as dores próprias da endometriose. “O que diferencia é a intensidade e a frequência. A cólica própria da endometriose vem todo mês, não é de vez em quando. A paciente usa remédio sempre por causa da intensidade. Essa melhora da dor é apenas parcial, não é 100%, e a mulher continua com dor e isso ao longo da vida vai piorando, em vez de se equilibrar. Esta é uma característica da endometriose”, esclarece.
Em casos menos frequentes, os sintomas podem se diferenciar. De acordo com o profissional, algumas mulheres podem verificar a perda de sangue pela urina ou pelo reto durante o período menstrual. “Isso tudo pode ser a invasão da endometriose na bexiga ou no intestino, então, se a paciente tem um sangramento desse tipo é indicativo da doença”, alerta. Segundo Dr. Marco Aurélio, durante o exame de toque só é possível suspeitar da endometriose quando a doença está em estágio avançado. “A endometriose mínima e leve tem um toque e resultado de exame de ultrassom normais. O que vai esclarecer é a laparoscopia, uma cirurgia para olhar dentro da barriga e ver se há endometriose”, ensina. O ginecologista explica que a solicitação deste exame somente é feita quando a mulher não consegue engravidar ou sente muita dor. Em casos nos quais a doença esteja mais avançada, o médico explica que é possível perceber um nódulo duro atrás do útero durante o exame no consultório. O profissional informa que para confirmar a suspeita da doença, uma ressonância magnética e exames de sangue podem ser solicitados.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DIAGNOSTICO DA ENDOMETRIOSE |
TRATAMENTO:
CIRURGIA LAPAROSCOPIA |
Uma melhora significativa ocorre depois da menopausa, pois, segundo o profissional, quando a mulher menstrua, pode desenvolver novamente a doença. “Depois da menopausa, se não fizer reposição hormonal, a mulher praticamente não terá mais problemas”, enfatiza.O tratamento fisioterápico consiste em harmonizar o sangue, cessar o sangramento, diminuir a estagnação, acalmar e nutrir o sangue, cessar a dor com massagens terapeuticos.
A endometriose é atualmente uma das principais causas de infertilidade na mulher. “Uma boa parte das pacientes com endometriose é infértil. Existe normalmente um prejuízo do grau da fertilidade, mas às vezes a paciente engravida depois de um tempo. Então se estima que até 50% das mulheres com endometriose são inférteis, o que é um número alto”, finaliza.
FONTE: Essas informações foi retirada do bate-papo on line com o Marco Aurélio Pinho de Oliveira,
Ginecologista, professor da Faculdade de Ciências Médicas e chefe do ambulatório de endometriose do Hospital Universitário Pedro Ernesto
Para maiores informações visitem o site oficial
www.portaldaendometriose.com.br
CHÁ DE QUEBRA PEDRA
Olá pessoal como na postagem passada citei um pouco sobre o chá de quebra pedra, e ouvi falar um pouco mais sobre ela na aula do professor Flávio resolvi então fazer um post especialmente falando sobre ela, ai vai o que descobri sobre essa planta maravilhosa.
QUEBRA PEDRA
Phyllanthus, a popular Quebra Pedra é Utilizada na medicina no tratamento de problemas estomacais e urinário.O nome popular “quebra-pedra” , em espanhol “chanca piedra” surgiu porque esta planta costuma sair em rachaduras de pedras ou frestas e crescer normalmente,Também conhecida por erva-pombinha ou erva de S. Lourenço.
Phyllanthus vem do grego phyllon (folha) e anthos (flor), em referência às flores produzidas em ramos que se assemelham a folhas compostas. A maior parte do gênero é de origem paleotropical, com cerca de 200 espécies distribuídas pelas Américas, principalmente Brasil e Caribe.Existem onze espécies aproximadamente de tipos de quebra pedras. No Brasil, as espécies mais conhecidas e chamadas popularmente de quebra-pedra, arrebenta-pedra ou erva-pombinha são as Phyllanthus niruri L., Phyllanthus amarus Schum. & Thonn e Phyllanthus tenellus Roxb. Müll. Arg., reconhecidas popularmente por suas propriedades diuréticas, sendo utilizadas na eliminação de cálculos renais. Recentes pesquisas descobriram em várias espécies do gênero uma atividade anti-viral, com possíveis aplicações no tratamento da Hepatite-B e câncer.
A espécie mais facilmente encontrada no Brasil – e também a mais utilizada – é a Phyllanthus niruri. O uso praticamente se restringe à medicina popular, uma vez que quase não são vistas espécies deste gênero utilizadas como ornamentais.
Ela não quebra a pedra como se pensa:
Ao contrário do que o nome popular diz, o chá de quebra-pedra não funciona exatamente quebrando as pedras nos rins. Na verdade o Phyllantus niruri evita que os cálculos se formem e relaxa o sistema urinário, o que ajuda a expeli-los. Pelo menos é isso que foi comprovado no estudo realizado pela química Ana Maria Freitas, do departamento de Nefrologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A pesquisa constatou que o chá de quebra-pedra reduz a adesão de cristais de oxalato de cálcio às paredes do túbulo renal. Durante dois anos o Phyllantus niruri foi ministrado a 58 ratos na forma de pó, para que os componentes não fossem alterados. Pequenas pedras de oxalato de cálcio foram implantadas na bexiga das cobaias, divididas em dois grupos. Um deles tomou a substância diariamente, enquanto o outro ingeria apenas água. Após 42 dias os animais que não tomavam o medicamento formaram uma média de 12 pedras, com cerca de 0,18 g cada. Os demais apresentaram apenas três cálculos, de aproximadamente 0,02 g.A análise das pedras indicou que o chá impede a aderência de macromoléculas aos cristais de oxalato de cálcio porque reverte sua polaridade. “Os cristais se prendem à parede celular porque há uma atração elétrica entre ambos”, a química esclarece. “Os cristais têm carga positiva, e a parede celular, negativa. O Phyllantus niruri parece mudar a polaridade da carga dos cristais, e inibir assim sua adesão ao túbulo renal”. O chá também relaxa o sistema urinário, o que facilita a expulsão dos cálculos.
A quebra-pedra (Phyllantus niruri) é uma herbácea pequena, com caule de cerca de 50 cm de altura e muito fino, ramoso e ereto. Produz folhas miúdas e ovais. As flores são minúsculas, verde-amareladas, solitárias e dispostas na parte inferior dos ramos. Já os frutos são verde e bem pequenos. O chá preparado com a planta tem sabor amargo.Por se tratar de uma planta rústica, seu cultivo é muito fácil. Ela se dá melhor em locais à meia-sombra, sem muita luz solar direta. Não é muito exigente quanto ao tipo de solo, mas é recomendável que este tenda mais para o arenoso do que para o argiloso. A planta responde bem à adubação orgânica e não suporta solo encharcado, por isso, no cultivo em vasos ou jardineiras é preciso ter muito cuidado com o excesso de água.
sábado, 11 de setembro de 2010
CALCULOS BILIARES
''A vesícula biliar é um órgão que se localiza junto ao fígado e tem a função de armazenar a bile, a qual é produzida pelo fígado, e liberada no intestino após as refeições. A bile ajuda na digestão das gorduras e tem um alto teor de sais biliares, que são produzidos a partir de colesterol. Assim, a vesícula funciona como uma bolsa armazenadora desses sais biliares, ricos em colesterol. Nos intervalos entre as refeições, a parte líquida da bile vai sendo absorvida pelas paredes da vesícula, fazendo com que a mesma fique mais concentrada, ou seja, menor quantidade de água. Este é o mecanismo pelo qual começam a se formar os cálculos ou pedras".
Cálculo biliar:
Cálculos biliares são pequenas pedras que se formam na vesícula biliar, órgão localizado no lobo inferior direito do fígado onde a bile se concentra e de onde é lançada sob a influência de um hormônio intestinal. A bile produzida no fígado consiste na mistura de várias substâncias, entre elas o colesterol, responsável por cerca de 75% dos casos de formação de cálculos. Alguns deles se alojam na vesícula biliar e não causam sintomas. Outros ficam presos no duto biliar e bloqueiam o fluxo da bile para o intestino. Essa obstrução provoca a cólica biliar que se caracteriza por dor intensa no lado direito superior do abdome ou nas costas, na região entre as omoplatas. A crise de cólica persiste enquanto a pedra permanecer no duto. No entanto, muitas podem voltar para a vesícula ou ser empurradas para o intestino. Quando isso ocorre, a crise dolorosa diminui.
Sintomas:
Alguns cálculos na vesícula podem ser assintomáticos, mas outros provocam dor intensa do lado direito superior do abdome que se irradia para a parte de cima da caixa torácica ou para as costelas. A dor normalmente aparece meia hora após uma refeição, atinge um pico de intensidade e diminui depois. Pode vir ou não acompanhada de febre, náuseas e vômitos.
Causas:
Muitos fatores podem alterar a composição da bile e acionar o gatilho de formação dos cálculos na vesícula. Alguns fatores que aumentam o risco são:
·Dieta rica em gorduras e carboidratos e pobre em fibras ;
·Vida sedentária que eleva o LDL (mau colesterol) e diminui o HDL (bom colesterol);
·Diabetes;
·Obesidade;
·Hipertensão (pressão alta);
·Fumo;
·Uso prolongado de anticoncepcionais;
·Elevação do nível de estrogênio o que explica a incidência maior de cálculos biliares nas mulheres;
·Predisposição genética.
Recomendações:
*faça uma dieta rica em fibras e com pouca gordura. Alimentos gordurosos podem elevar o nível do colesterol;
* procure manter o peso ideal para seu tipo físico. Isso ajuda a controlar o nível do colesterol e a prevenir diabetes e hipertensão;
* largue o cigarro;
* discuta com seu médico a conveniência de tomar pílulas anticoncepcionais ou fazer reposição hormonal, se você tem histórico familiar de cálculo na vesícula.
Advertência:
Consulte um médico se os sintomas dolorosos de cálculo biliar se manifestarem e, especialmente, se forem seguidos de febre, náuseas e vômitos. O tratamento pode ser feito à base de medicamentos que diluem o cálculo se ele for constituído apenas por colesterol. Nos outros casos, a cirurgia por laparoscopia, que requer poucos dias de internação hospitalar, é a conduta mais indicada. Tratamento por ondas de choque para fragmentar o cálculo representa também uma possibilidade terapêutica.
FONTE: ABC DA SAUDE E BIBLIOMED.
Cálculo biliar:
Cálculos biliares são pequenas pedras que se formam na vesícula biliar, órgão localizado no lobo inferior direito do fígado onde a bile se concentra e de onde é lançada sob a influência de um hormônio intestinal. A bile produzida no fígado consiste na mistura de várias substâncias, entre elas o colesterol, responsável por cerca de 75% dos casos de formação de cálculos. Alguns deles se alojam na vesícula biliar e não causam sintomas. Outros ficam presos no duto biliar e bloqueiam o fluxo da bile para o intestino. Essa obstrução provoca a cólica biliar que se caracteriza por dor intensa no lado direito superior do abdome ou nas costas, na região entre as omoplatas. A crise de cólica persiste enquanto a pedra permanecer no duto. No entanto, muitas podem voltar para a vesícula ou ser empurradas para o intestino. Quando isso ocorre, a crise dolorosa diminui.
Sintomas:
Alguns cálculos na vesícula podem ser assintomáticos, mas outros provocam dor intensa do lado direito superior do abdome que se irradia para a parte de cima da caixa torácica ou para as costelas. A dor normalmente aparece meia hora após uma refeição, atinge um pico de intensidade e diminui depois. Pode vir ou não acompanhada de febre, náuseas e vômitos.
Causas:
Muitos fatores podem alterar a composição da bile e acionar o gatilho de formação dos cálculos na vesícula. Alguns fatores que aumentam o risco são:
·Dieta rica em gorduras e carboidratos e pobre em fibras ;
·Vida sedentária que eleva o LDL (mau colesterol) e diminui o HDL (bom colesterol);
·Diabetes;
·Obesidade;
·Hipertensão (pressão alta);
·Fumo;
·Uso prolongado de anticoncepcionais;
·Elevação do nível de estrogênio o que explica a incidência maior de cálculos biliares nas mulheres;
·Predisposição genética.
Recomendações:
*faça uma dieta rica em fibras e com pouca gordura. Alimentos gordurosos podem elevar o nível do colesterol;
* procure manter o peso ideal para seu tipo físico. Isso ajuda a controlar o nível do colesterol e a prevenir diabetes e hipertensão;
* largue o cigarro;
* discuta com seu médico a conveniência de tomar pílulas anticoncepcionais ou fazer reposição hormonal, se você tem histórico familiar de cálculo na vesícula.
Advertência:
Consulte um médico se os sintomas dolorosos de cálculo biliar se manifestarem e, especialmente, se forem seguidos de febre, náuseas e vômitos. O tratamento pode ser feito à base de medicamentos que diluem o cálculo se ele for constituído apenas por colesterol. Nos outros casos, a cirurgia por laparoscopia, que requer poucos dias de internação hospitalar, é a conduta mais indicada. Tratamento por ondas de choque para fragmentar o cálculo representa também uma possibilidade terapêutica.
LOCAL ONDE OCORRE OS CALCULOS |
FONTE: ABC DA SAUDE E BIBLIOMED.
CÁLCULOS RENAIS
O que é ?
calculos renais ou pedras no rim |
A litíase, nefrolitíase, cálculo urinário ou pedra no rim, como são comumente conhecidos os cálculos renais, na verdade são uma desordem causada por uma estrutura cristalina que se forma nas várias partes do trato urinário. São depósitos organizados de sais minerais nos rins ou em qualquer parte do aparelho urinário. Estas pedras começam bem pequenas e vão crescendo. O desenvolvimento, o formato e a velocidade de crescimento destas estruturas dependem da concentração das diferentes substâncias químicas presentes na urina. Acredita-se que o crescimento dos cálculos renais pode ser acelerado por substâncias denominadas promotoras e retardado por substâncias ditas inibidoras. Cálculos renais constituídos por cálcio são os mais comuns. Alguns outros minerais normalmente encontrados são: estruvita, oxalato, ácido úrico. Comumente as pedras podem ser formadas por uma mistura destes elementos. Quando houver um excesso destes minerais no organismo, há uma tendência para que eles se depositem na urina. Em geral, o acúmulo de minerais que acabam se cristalizando ocorre devido a uma disfunção metabólica no organismo.O cálculo renal tem prevalência de 1% a 5%, e pico de incidência dos 20 aos 50 anos de idade, É duas vezes mais comum no sexo masculino a taxa de recorrência é de dez 10% por ano, Cerca de 80% dos cálculos são eliminados espontaneamente, porcentagem que cai para 10% se o cálculo for maior que 8mm. Complicações são incomuns e a insuficiência (falência) renal ocorrerá se houver obstrução ureteral completa por mais de sete dias.
sintomas:
A dor causada por um cálculo renal é descrita como a mais severa dor que uma pessoa pode experimentar, ocorrendo na porção inferior das costas ou no abdômen. Esta dor pode ser tanto constante como descontínua e pode vir acompanhada de náusea, vômito e sangue na urina, A manifestação mais característica e dramática é a cólica reno-ureteral. O paciente apresenta-se inquieto e não encontra posição que alivie a dor, ao contrário das inflamações intra-abdominais ou das doenças ósseas e musculares da região lombar, quando o paciente mantém-se quieto em uma determinada posição.Geralmente há hematúria(urina com sangue), na maioria das vezes, microscópica(observada apenas em exames de urina). Cálculos do ureter distal (o que fica próximo à bexiga) costumam manifestar-se por dor ou ardência ao urinar (disúria), urinar pequenas quantidades e com maior freqüência (polaciúria) e desejo forte e imediato de urinar (urgência miccional), Em alguns casos, não há manifestação dolorosa, apenas sintomas irritativos do trato urinário baixo, Devido à dor severa, um ataque agudo consiste em uma verdadeira urgência.
Diagnóstico:
(imagem do atlas de patologia) |
O diagnóstico pode ser incidental (por acaso), em exames de imagem, radiografia ou ultra-sonografia para investigações ortopédicas, gastrenterológicas ou ginecológicas.Na fase aguda, durante o episódio doloroso, o exame de urina pode demonstrar hematúria, piúria (pus na urina) e cristalúria (cristais na urina).A radiografia simples do abdome tem baixa sensibilidade e boa especificidade; a presença de gases e fezes poderá ocultar o cálculo.Em várias ocasiões, não se poderá distinguir um cálculo de uma calcificação de veia (flebolito) pélvica e cálculos de pouco, ou mesmo nenhum conteúdo cálcico será detectado, embora 95% dos cálculos sejam visíveis aos RX.A ultra-sonografia detectará a maioria dos cálculos intra-renais e do ureter distal, mas não aqueles do ureter médio. Ela é muito útil para avaliar o grau de obstrução/dilatação das cavidades do rim e ureter (pielo-ureteral).A radiografia com contraste das vias urinárias (urografia excretora) continua sendo o padrão-ouro, já que detectará, direta ou indiretamente, a maioria dos cálculos. ela é extremamente útil para avaliar o grau e o sítio da obstrução além do seu inestimável valor prognóstico e coadjuvante no planejamento terapêutico. O meio de contraste poderá agravar o quadro e forçar o deslocamento do cálculo. Na maioria dos casos, não deverá ser realizada durante a crise, A tomografia espiral (helicoidal) do abdome, sem contraste, está ganhando simpatia como método de eleição para diagnóstico e localização dos cálculos ureterais, além de estimar o grau de dilatação pielo-calicial, No momento, seu emprego rotineiro é limitado por seu alto custo operacional.Na fase tardia (pós-crise dolorosa) ou após a eliminação do cálculo, o estudo da composição do cálculo e o perfil metabólico do paciente serão importantes para o diagnóstico e conseqüente prevenção da recorrência.
Tomografia demonstrando cálculo ureteral provocando dilatação da via excretora acima do cálculo. |
Tipos de cálculos:
Os cálculos de oxalato de cálcio são os mais freqüentemente encontrados.
Os de ácido úrico decorrem de hiperuricemia (excesso de ácido úrico no sangue) ou hiperuricosúria (excesso de ácido úrico na urina).
Os de estruvita(fosfato amoníaco magnesiano), são os chamados "cálculo de infecção", associados a infecções por germes desdobradores da uréia (Proteus, Pseudomonas e Klebsiella).
Os cálculos de cistina são raros, e decorrentes de uma rara condição autossômica recessiva, a cistinúria.
Tratamento:
O tratamento da crise dolorosa deverá ser instituído imediatamente, Antiespasmódicos por via venosa tem eficácia discutida, embora seu emprego seja quase rotineiro, Antinflamatórios não-hormonais (AINH) por via venosa ou intramuscular são mais eficientes; ao inibirem a síntese das prostaglandinas, diminuem a filtração glomerular a aliviam a distensão da cápsula renal, maior responsável pela dor, Opiáceos e opióides costumam ser úteis nos casos mais rebeldes, Deve-se evitar a hiperidratação (excesso de oferta de líquidos) durante a crise; repondo apenas as perdas nos casos de vômitos excessivos (hiperêmese), Aconselha-se coar a urina para recuperar os cálculos eliminados, para análise química destes no intuito de estabelecer sua composição.
Quando a internação é necessária
A internação não é necessária, exceto nos seguintes casos:
- desidratação,
- dor intratável,
- infecção e
- cálculo ureteral em rim solitário.
O paciente deverá ser encaminhado ao urologista se a cólica reno-ureteral persistir por mais de 72 horas, infecção ou obstrução ureteral.
A desobstrução ureteral, temporária ou permanente, é conseguida pelo emprego de um, ou combinação dos seguintes métodos:
- Implante de catéter ureteral duplo "J", por nefrostomia percutânea ou cistoscopia.
- Litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO). Método de escolha para cálculos renais ou ureterais proximais de menos de 2 cm de tamanho. Muito limitado se empregado em pacientes muito obesos, cálculos ureterais distais, cálculos de ácido úrico ou cistina. Contra-indicado em gestantes.
- Nefrolitotomia percutânea, indicada para cálculos coraliformes (grandes, ocupando todo o rim), cálculos múltiplos, cálculos maiores de doi centímetros e outros cuja resolução seja difícil ou impossível através da LECO.
- Ureterolitotripsia transureteroscópica, indicada para cálculos ureterais, principalmente os distais e ainda quando a obstrução ureteral for completa.
- Cirurgia aberta, raramente indicada (5% dos casos), em virtude dos inúmeros métodos pouco invasivos disponíveis.
Após a eliminação espontânea ou remoção do cálculo, é necessário insistir nas medidas preventivas para evitar ou minimizar recorrências. O estudo metabólico identificará o distúrbio básico e orientará sobre a melhor conduta.
Para todos os tipos de cálculos, ingerir grande quantidade de líquidos (especialmente água) para garantir um débito urinário de pelo menos 2 litros por dia.
Para os cálculos de cálcio, a dieta pobre em cálcio parece ser importante. Evitar grandes restrições em idosos e nos pacientes com risco de osteoporose. Tiazídicos são empregados para controle da hipercalcíuria renal e fosfato de celulose para calciúria absortiva. Deve-se tratar adequadamente o hiperparatiroidismo, quando houver.
Para os cálculos de ácido úrico, dieta hipopurínica, alcalinização urinária e alopurinol são, geralmente, suficientes para controle da recorrência.
Para os cálculos de cistina, a alcalinização urinária também é eficiente, bem como o emprego de penicilamina ou troponina para redução da cistinúria.
O reconhecimento imediato da condição aguda, as medidas de urgência instituídas e orientação dos pacientes quanto ao seguimento, abreviarão o sofrimento agudo e minimizarão a ocorrência de complicações pertinentes.
Prevenção:
água a melhor prevenção |
Uma simples e importante mudança que sem dúvida ajuda a prevenir as pedras nos rins é o aumento da ingestão de água, no mínimo de 2 a 3 litros por dia, Tratamentos a base de chás e dieta alimentar dificilmente resolverão o problema, mas sem dúvida podem ajudar. O tratamento de cálculos renais pode ser auxiliado por chás de algumas plantas, tais como: chá de quebra pedra(que é o mais indicado irei falar sobre ele na próxima postagem),alsina, aparina, bagas de junípero, raiz de salsa, raiz de alteia, raiz de hortência e sumo de maçã. O chá de tomateiro elimina o ácido úrico, é diurético e laxativo, auxiliando na eliminação dos cálculos renais.
Para preparar a infusão de tomateiro utilize:
2 colheres de sopa das folhas de tomateiro fatiadas 2 copos de água fervente. Deixe em infusão por 15 minutos, abafado. Ainda morno, filtre e beba durante o dia.
OBS: Exite esse outro remédio caseiro que há varios testemunhos que resolveu tanto prevenindo como eliminando os cálculos renais e é bastante simples; consiste em beber 50 gramas de óleo de oliva e 50 gramas de suco de limão; acompanhe isto com a ingesta de bastante água, assim você também estará facilitando a eliminação das pedras nos rins.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
Oi Gente hoje vim aqui falar um pouco sobre essa doença que é pouco comentada na sociedade mais que esta sendo bem comum, que me deparei com ela esses ultimos meses e me aprofundei um pouco no assunto pois infelismente o médico esta com suspeita de que minha mae possa ter entao vim postar pra v6 um pouco do que aprendi...
O que é?
Síndrome do túnel do carpo é o nome referido a uma doença que ocorre quando o nervo que passa na região do punho (nervo mediano) fica submetido a compressão(fig 01), originando sintomas característicos que serão descritos adiante.
Representa doença muito comum e pouco conhecida entre mulheres na faixa de 35 a 60 anos, pode ocorrer com menor frequência fora dessas faixas de idade e também ocasionalmente em homens.
Sintomas mais comuns: Os sintomas típicos são representados por dormência e formigamento nas mãos, principalmente nas extremidades dos dedos indicador, médio e anular; em quase 2/3 dos casos é bilateral. Caracteristicamente esses sintomas ocorrem durante a noite, fazendo com que as pessoas tenham que levantar, movimentar as mãos ou mesmo coloca-las em imersão de água quente; algumas vezes pode surgir dor em todo membro superior (mão, antebraço e braço); também são frequentes as sensações de choques em determinadas posições da mão como segurar um objeto com força, segurar volante do carro ou descascar frutas e legumes. Com muita frequência as pessoas imaginam que estão tendo "derrame" ou "problemas de circulação" procurando assistência médica especializada nessa área. Esses sintomas de dormência e formigamento podem melhorar e piorar ao longo de meses ou até anos, fazendo com que o diagnóstico preciso e correto seja retardado.
Motivos conhecidos:
Na maioria dos casos essa compressão do nervo na região do punho ("nervo preso") deve-se a estreitamento no seu canal de passagem por inflamação crônica não específicados tendões que também passam por esse canal. Em outros casos com menor frequência podem exister doenças associadas comprimindo o nervo. É importante ressaltar que mulheres grávidas podem ter sintomas da doença ocasionados por edema ("inchaço") próprio da gravidez; na maioria dos casos os sintomas desaparecem após o parto podendo reaparecer muitos anos mais tarde. Algumas atividades profissionais que envolvem flexão contínua dos dedos (exemplo ordenha de leite) podem desencadear sintomas de compressão do nervo.
Diagnostico:
O diagnóstico da síndrome do túnel do carpo é baseado nos sintomas característicos e na comprovação da compressão do nervo por um exame chamado eletroneuromiografia(fig 02); nesse exame os nervos do antebraço, punho e dedos são estimulados por choques de pequena intensidade sendo o resultado medido na tela do aparelho.
Tratamento:
O que é?
Síndrome do túnel do carpo é o nome referido a uma doença que ocorre quando o nervo que passa na região do punho (nervo mediano) fica submetido a compressão(fig 01), originando sintomas característicos que serão descritos adiante.
Representa doença muito comum e pouco conhecida entre mulheres na faixa de 35 a 60 anos, pode ocorrer com menor frequência fora dessas faixas de idade e também ocasionalmente em homens.
fig 01 Local de dor e compressão |
Sintomas mais comuns: Os sintomas típicos são representados por dormência e formigamento nas mãos, principalmente nas extremidades dos dedos indicador, médio e anular; em quase 2/3 dos casos é bilateral. Caracteristicamente esses sintomas ocorrem durante a noite, fazendo com que as pessoas tenham que levantar, movimentar as mãos ou mesmo coloca-las em imersão de água quente; algumas vezes pode surgir dor em todo membro superior (mão, antebraço e braço); também são frequentes as sensações de choques em determinadas posições da mão como segurar um objeto com força, segurar volante do carro ou descascar frutas e legumes. Com muita frequência as pessoas imaginam que estão tendo "derrame" ou "problemas de circulação" procurando assistência médica especializada nessa área. Esses sintomas de dormência e formigamento podem melhorar e piorar ao longo de meses ou até anos, fazendo com que o diagnóstico preciso e correto seja retardado.
Motivos conhecidos:
Na maioria dos casos essa compressão do nervo na região do punho ("nervo preso") deve-se a estreitamento no seu canal de passagem por inflamação crônica não específicados tendões que também passam por esse canal. Em outros casos com menor frequência podem exister doenças associadas comprimindo o nervo. É importante ressaltar que mulheres grávidas podem ter sintomas da doença ocasionados por edema ("inchaço") próprio da gravidez; na maioria dos casos os sintomas desaparecem após o parto podendo reaparecer muitos anos mais tarde. Algumas atividades profissionais que envolvem flexão contínua dos dedos (exemplo ordenha de leite) podem desencadear sintomas de compressão do nervo.
Diagnostico:
O diagnóstico da síndrome do túnel do carpo é baseado nos sintomas característicos e na comprovação da compressão do nervo por um exame chamado eletroneuromiografia(fig 02); nesse exame os nervos do antebraço, punho e dedos são estimulados por choques de pequena intensidade sendo o resultado medido na tela do aparelho.
fig 02 A Eletroneuromiografia |
O tratamento para os casos de compressão leve (critério baseado no exame eletroneuromiográfico) pode ser inicialmente feito imobilizando-se o punho por "splints"; jamais o punho deve ser enfaixado pois pode piorar a compressão; também deve ser evitada qualquer medida fisioterápica nessa fase. Os "splints" são pequenas talas de material duro porém flexível que são colocados desde a mão até o antebraço e fixados com velcro, podendo ser facilmente retirados e colocados(fig 03). Os remédios ou infiltrações no local podem ser utilizados, porém são sempre paliativos ou seja não resolvem o problema definitivamente.
Nos casos em que o tratamento por imobilização falha ou naqueles nos quais o exame eletroneuromiográfico revela compressão mais grave do nervo devem ser submetidos à cirurgia(fig04). O objetivo da cirurgia é abrir o canal por onde o nervo passa, resolvendo o problema definitivamente na maioria dos casos. Quando o nervo fica comprimido muito tempo pode haver atrofia definitiva ("nervo atrofiado ou seco") com pouca recuperação mesmo após a cirurgia, entao entra a fisioterapia pois a fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos nos dois casos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento tem uma otima evolução com o fisioterapeuta.
fig 04 Liberação cirurgica |
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Não ao Ato médico
O que é o Ato Médico?
O Ato Médico é o Projeto de Lei 7703/06, define a área de atuação, as atividades privativas e os cargos privativos dos médicos e tramita no Congresso Nacional. Segundo os críticos ao projeto, ele prevê como privativas do médico algumas atividades que já são exercidas por outras áreas da área da saúde que já estão, inclusive, regulamentadas no Brasil. O projeto teve iniciativa no Senado e foi aprovado na Câmara em 21 de outubro do ano passado. Como sofreu modificações nesta casa legislativa, o PL volta ao Senado e, se aprovado, segue parta sanção do presidente Lula.
RESPOSTA DE UM FISIOTERAPEUTA AO ATO MEDICO
Com o avanço do Ato Médico rumo à aprovação e com minha constante indignação com o fato, resolvi postar a carta que uma amiga me passou do Marco Túlio Saldanha dos Anjos, fisioterapeuta, que pelo visto está tão inconformado quanto eu.
Os questionamentos do Marco são extremamente pertinentes e a mesma situação se aplica às outras áreas da saúde. Leiam e tirem suas próprias conclusões. Se concordarem conosco, peço para que divulguem a postagem, copiem a carta, repassem por e-mail... Enfim, mobilizem-se para que o Ato Médico não se torne uma lei que restringe nossa prática profissional e nos subjugue à classe médica!
Os questionamentos do Marco são extremamente pertinentes e a mesma situação se aplica às outras áreas da saúde. Leiam e tirem suas próprias conclusões. Se concordarem conosco, peço para que divulguem a postagem, copiem a carta, repassem por e-mail... Enfim, mobilizem-se para que o Ato Médico não se torne uma lei que restringe nossa prática profissional e nos subjugue à classe médica!
ai vai a carta...
''Caros senhores favoráveis ao Ato Médico,
Se o grande problema é "prescrever", por favor, preciso que me prescrevam um tratamento fisioterapêutico para um paciente de 45 anos com uma tendinopatia crônica do tendão do músculo supra-espinhoso, apresentando calcificação no tendão. Ele apresenta história ocupacional de trabalho com elevação dos membros superiores acima do nível da cabeça (é vendedor de loja de roupas).
Se o grande problema é "prescrever", por favor, preciso que me prescrevam um tratamento fisioterapêutico para um paciente de 45 anos com uma tendinopatia crônica do tendão do músculo supra-espinhoso, apresentando calcificação no tendão. Ele apresenta história ocupacional de trabalho com elevação dos membros superiores acima do nível da cabeça (é vendedor de loja de roupas).
Como é ex-jogador de voleibol, desenvolveu lesão do nervo supra-escapular, que culminou numa atrofia do músculo infra-espinhoso. Devido a distúrbios hormonais, desenvolveu osteoporose. Na avaliação, apresentou restrição da mobilidade da cápsula posterior do ombro, fraqueza dos músculos rotadores internos do úmero (grau 3), além de fraqueza de serrátil anterior e trapézio fibras inferiores (graus 4 para os dois músculos). A articulação esterno-clavicular também tem sua mobilidade diminuída.
O que devo fazer, Dr.? Como posso fazer para restaurar a mobilidade da articulação? O que é mais indicado: mobilização articular ou alongamento? No caso de ser mobilização, que grau devo utilizar? No caso de ser alongamento, é preferível o alongamento ser estático ou balístico? Ou seria melhor utilizar de contração-relaxamento? Qual o tempo adequado de manutenção do alongamento? Ou será que é tudo contra-inidcado, devido à osteoporose?
Com relação ao fortalecimento dos rotadores internos do úmero, qual exercício seria mais indicado para fortalecer o músculo sub-escapular, importante na estabilização dinâmica da articulação gleno-umeral? Devo usar thera-band, halteres, resistência manual ou simplesmente realizar exercícios ativos livres?
Com relação ao serrátil anterior qual exercício seria mais indicado?
Push-ups? Protração resistida? Exercícios ativos apenas, simulando atividades funcionais e procurando evitar movimentos escapulares anormais?
Tudo isso? Nada disso? E se ele utilizar de compensações para a realização dos exercícios, como devo proceder?
Com relação ao trapézio inferior, é melhor fazer o exercício contra ou a favor da gravidade? Devo ou não utilizar de movimentos ativo-assistidos?
Qual o melhor exercício? Existe tal exercício?
No caso da restrição da articulação esterno-clavicular, é necessário corrigir essa alteração de mobilidade? Se for, é possível corrigí-la? Como proceder. Tem contra-indicações ou precauções?
Não podemos esquecer-nos de tratar também o tecido lesado (tendão do supra-espinhoso). Ele apresenta dor moderada ao elevar o membro superior D acima de 90 graus, que diminui a praticamente zero ao abaixar o braço. É necessára analgesia? Se for, que forma TENS? Qual a modulação (frequência, comprimento de onda, duração e intensidade)? Ou será que crioterapia é melhor? Em qual forma de aplicação? Por quanto tempo? Ou será que nenhuma analgesia é necessária?
O que posso fazer para estimular o reparo do tendão? US (quantos MHz?
Quantos W/cm2? por quanto tempo? Onde aplicar?), Laser (qual a intensidade? duração? tem contra-indicações?), exercícios (excêntricos, concêntricos, isométricos, resisitidos, livres? quantas séries e repetições? Qual o intervalo entre séries? Quantos RM? Devo fazer todos os dias ou não? É contra-indicado exercício?). Como posso fazer um exercício para supra-espinhoso?"
Por favor, repassem essa mensagem com urgência para todos os médicos com competência para me ajudar, pois estou com o paciente afastado do trabalho por invalidez e continuo aguardando a "prescrição médica da fisioterapia", já que sem a "prescrição médica", segundo o ato médico, não posso fazer nada e nós todos os brasileiros, inclusive os médicos estamos pagando para ele não trabalhar. Não deixemos esse afastametno virar aposentadoria!
Concluindo: Sim ao ato médico, desde que os médicos estudem na faculdade todo o conteúdo que outras 13 profissões da área de saúde têm em seu currículo."
Marco Túlio Saldanha dos Anjos
Fisioterapeuta
Fisioterapeuta
CREFITO-4 51246-F
Para maiores informações acessem o site oficial-http://www.atomediconao.com.br/
Fisioterapeuta é assim...
FISIOTERAPEUTA É ASSIM:
Não pensa, faz sinapse.Não fala, coordena vibrações nas cordas vocais.
Não toma susto, recebe respostas galvânicas incoerentes.
Não chora, produz secreções lacrimais.Não espera retorno de e-mail,espera feed back.
Não perde energia, gasta ATP.
Não divide,faz meiose.
Não beija, permuta microorganismos.
Não se olha no espelho, faz avaliação postural.
Não tem pigarro, tem tosse improdutiva.
Não sofre fratura,tem descontinuidade abruta e traumática do osso.
Não dança, faz cinésio.
Não se apaixona, tem comportamento de padrão motor ativado pelas reações químicas induzidas pelas respostas emocionais.
Não respira, faz troca gasosa.
Não sente dor, tem estímulos nociceptivos.
Não se espreguiça, faz alongamento.
Não " malha ", faz movimentos de ação concêntrica e excêntrica.
Não caminha pela praia, deambula.
Não leva a colher á boca, faz movimento cinésio-funcional.
Não corre, executa ação de força...
viu como é magnifico ser fisioterapeuta...
by:franiete
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Necrose de Liquefação
Quando as enzimas intracelulares não são inibidas, os tecidos necróticos sofrem autólise ou auto-digestão. Neste caso há um progressivo amolecimento dos tecidos com conseqüente perda da arquitetura do órgão, caracterizando a necrose de liquefação, patologia muito comum no Sistema Nervoso Central. Freqüentemente as áreas amolecidas são secundariamente invadidas por neutrófilos que, através de suas enzimas, colaboram no fenômeno do amolecimento. Logo podemos admitir dois tipos de necrose de liquefação: uma por autólise (quando as enzimas que lisam os tecidos se originam da própria célula atingida) e outra, por heterólise (quando as enzimas se originam de células estranhas=neutrófilos).associa-se tambem à infecção por agentes biológicos (principalmente bactérias) a um tecido, ou no caso específico da lesão por isquemia ou hipóxia no tecido cerebral (fenômeno ainda não muito bem compreendido).Em tecidos infectados, forma-se um processo inflamatório devido ao recrutamento de leucócitos para neutralizar os microorganismos. Neste caso pode haver lesão e morte celular mediada por toxinas bacterianas ou fúngicas ou então devido ao processo inflamatório, e como o tecido inflamado é rico em leucócitos as células mortas são rapidamente fagocitadas e digeridas. Em todo caso a digestão do tecido necrótico resultará na formação de uma massa residual amorfa, composta por pus caso a necrose seja resultado de uma infecção aguda e haja presença de leucócitos mortos.
Achados à microscopia óptica
->Completa destruição da arquitetura tecidual.
->Transformação do tecido em uma massa amorfa (daí o termo liquefação).
Achados à microscopia óptica
->Completa destruição da arquitetura tecidual.
->Transformação do tecido em uma massa amorfa (daí o termo liquefação).
Necrose de Coagulação ou Isquêmica
É o padrão mais comum de necrose e se caracteriza pela conversão da célula num "arcabouço" opaco. Ocorre devido à perda do núcleo, mas com a preservação da forma celular básica, permitindo o reconhecimento dos contornos celulares e arquitetura tissular. Usualmente, é o resultado de isquemia grave e repentina, em órgãos tais como o coração e rim. Presumivelmente, o padrão resulta da desnaturação, não só das proteínas estruturais como também das proteínas enzimáticas, devido à queda acentuada no pH celular durante o processo de lesão por hipóxia ou isquemia. Com isso o citoplasma celular se torna bastante eosinofílico e como a maioria das enzimas autolíticas foram desnaturadas a célula não é destruída e a arquitetura tecidual é mantida por alguns dias até digestão e remoção do tecido necrótico por leucócitos. O tecido morto perde água sem se decompor e se torna firme, opaco, pálido e seco. É a conseqüência da interrupção da circulação do sangue a uma área limitada de órgãos.Este tipo de necrose é visto quando há uma isquemia ou hipóxia em qualquer tecido (exceto o tecido cerebral, que neste caso desenvolverá uma necrose de liquefação que falarei sobre ela em outro momento - por ser rico em lipídeos, que não sofrem coagulação). Outra grande característica da necrose de coagulação é a perda do contorno nuclear das células (cariólise, ou perda de basofilia nuclear) devido á quebra inespecífica do DNA (provavelmente pela ação de uma DNase lisosssômica). Pode haver também no mesmo tecido necrótico células com núcleo muito condensado e basofílico (núcleo picnótico) ou células com núcleo picnótico e fragmentado (cariorréxis).
Características visíveis ao microscópio óptico:
->Manutenção da arquitetura geral do tecido.
->Perda da nitidez dos elementos nucleares das células (cariólise).
->Algumas células apresentando núcleo picnótico, ou seja núcleos extremamente condensados e fortemente corados por hematóxilina(fortemente basófilos).
->Alguns núcleos picnóticos fragmentados, tomando um aspecto granular, fenômeno chamado de cariorréxis.
Necrose por coagulação em infarto isquêmico de baço. Nesse tipo de necrose, é possível ainda visualizar o contorno celular (setas), apesar de a célula já estar sofrendo um processo de lesão irreversível. Observam-se nesse campo núcleos com diferentes estágios de alteração morfológica.
sábado, 28 de agosto de 2010
SIGNIFICADO DO TERMO METAPLASIA
A Metaplasia é uma alteração reversível quando uma célula adulta, seja epitelial ou mesenquimal, é substituída por outra de outro tipo celular, ou seja é a mudança de um tecido para o outro.
Pode ser interpretado como uma tentativa do organismo de substituir um tipo celular exposto a um estresse a um tipo celular mais apto a suportá-lo. Por exemplo, uma forma comum de metaplasia, o epitélio pseudoestratificado colunar ciliar do trato respiratório, submetido cronicamente a irritação pela fumaça do cigarro, passa a ser do estratificado pavimentoso. Deficiência de vitamina A, doença do refluxo gastroesofágico, litíases, entre outros fatores, também podem levar à metaplasia.
Embora a metaplasia leve ao surgimento de um epitélio mais apto ao ambiente hostil geralmente isto se dá às custas de perdas. No caso do trato respiratório, o epitélio substituto (metaplásico) é desprovido da capacidade de secreção de muco e da ação ciliar. Portanto, a metaplasia representa geralmente uma mudança indesejada.
Além disso, o mesmo estímulo, hostil, que gerou a metaplasia, se persistir, pode induzir a transformação neoplásica. Dessa forma, temos o carcinoma de células escamosas no trato respiratório e o adenocarcinoma no esôfago de Barrett.
A metaplasia também ocorre em células do tecido conjuntivo com a formação de cartilagem, tecido adiposo ou osso (tecidos mesenquimais) em tecidos que originalmente não possuem esses elementos.
EX: Uma celula da lingua, com um piercing atritando 24 horas por dia pode sofrer uma metaplasia e se transformar num carcinoma espinocelular.
Pode ser interpretado como uma tentativa do organismo de substituir um tipo celular exposto a um estresse a um tipo celular mais apto a suportá-lo. Por exemplo, uma forma comum de metaplasia, o epitélio pseudoestratificado colunar ciliar do trato respiratório, submetido cronicamente a irritação pela fumaça do cigarro, passa a ser do estratificado pavimentoso. Deficiência de vitamina A, doença do refluxo gastroesofágico, litíases, entre outros fatores, também podem levar à metaplasia.
Embora a metaplasia leve ao surgimento de um epitélio mais apto ao ambiente hostil geralmente isto se dá às custas de perdas. No caso do trato respiratório, o epitélio substituto (metaplásico) é desprovido da capacidade de secreção de muco e da ação ciliar. Portanto, a metaplasia representa geralmente uma mudança indesejada.
Além disso, o mesmo estímulo, hostil, que gerou a metaplasia, se persistir, pode induzir a transformação neoplásica. Dessa forma, temos o carcinoma de células escamosas no trato respiratório e o adenocarcinoma no esôfago de Barrett.
A metaplasia também ocorre em células do tecido conjuntivo com a formação de cartilagem, tecido adiposo ou osso (tecidos mesenquimais) em tecidos que originalmente não possuem esses elementos.
EX: Uma celula da lingua, com um piercing atritando 24 horas por dia pode sofrer uma metaplasia e se transformar num carcinoma espinocelular.
SIGNIFICADO DO TERMO HIPERTROFIA
A Hipertrofia é o aumento quantitativo dos constituintes e das funções celulares,ou seja é o aumento do tamanho da celula e orgão afetados. Para ocorrer hipertrofia, deve-se atender algumas exigências: primeiro o fornecimento de O2 e de nutrientes deve ser maior para suprir o aumento das exigências celulares. Alem disso as células devem ter suas organelas e sistemas enzimáticos íntegros, por isso células lesadas não podem se hipertrofiar. Órgãos e tecidos cuja atividade depende da estimulação nervosa só podem hipertrofiar se a inervação estiver preservada. A hipertrofia é sempre uma forma de adaptação das células e dos órgãos frente a maior exigência de trabalho, podendo ser fisiológica ou patológica.
HIPERTROFIA FISIOLÓGICA - ocorre em certos órgãos e em determinadas fases da vida como fenômenos programados, como a musculatura uterina durante a gravidez.
HIPERTROFIA PATOLOGICA - aparecem em consequência de estímulos variados. Como exemplos a hipertrofia do miocárdio, quando há sobrecarga do coração por aumento da pressão ou do volume do sangue, a parede cardíaca sofre hipertrofia. A hipertrofia também pode ocorrer por causa de estímulos hormonais sobre determinado tecido (como na hipertrofia endometrial durante a fase estrogênica do ciclo menstrual). Geralmente a Hipertrofia ocorre simultaneamente à hiperplasia , o que é raro em mamíferos pois exige-se que a condição seja muito extrema , exceto em tecidos cujas células não se multiplicam (isto é, em tecidos nos quais as células estão em estado G0 no ciclo celular). A capacidade de hipertrofiar é diferente de acordo com o tipo celular. Para cada célula a uma dose critica acima da qual o estimulo para hipertrofia deixa de provocar uma reação adaptativa para produzir processos regressivos. Em alguns casos o estimulo que leva a hipertrofia provoca também aumento do material genético, podendo haver poliploidia ou multiplicação celular. A hipertrofia é um processo reversível, cessado o estimulo, a célula volta ao aspecto normal. Assim, após o parto o útero readquire suas dimensões normais. Porem se o estimulo persistir ou aumentar alem da capacidade adaptativa, pode ocorrer dois eventos: multiplicação celular (hiperplasia) se a celular tem capacidade reprodutiva, e degenerações variadas e até morte celular.
HIPERTROFIA FISIOLÓGICA - ocorre em certos órgãos e em determinadas fases da vida como fenômenos programados, como a musculatura uterina durante a gravidez.
HIPERTROFIA PATOLOGICA - aparecem em consequência de estímulos variados. Como exemplos a hipertrofia do miocárdio, quando há sobrecarga do coração por aumento da pressão ou do volume do sangue, a parede cardíaca sofre hipertrofia. A hipertrofia também pode ocorrer por causa de estímulos hormonais sobre determinado tecido (como na hipertrofia endometrial durante a fase estrogênica do ciclo menstrual). Geralmente a Hipertrofia ocorre simultaneamente à hiperplasia , o que é raro em mamíferos pois exige-se que a condição seja muito extrema , exceto em tecidos cujas células não se multiplicam (isto é, em tecidos nos quais as células estão em estado G0 no ciclo celular). A capacidade de hipertrofiar é diferente de acordo com o tipo celular. Para cada célula a uma dose critica acima da qual o estimulo para hipertrofia deixa de provocar uma reação adaptativa para produzir processos regressivos. Em alguns casos o estimulo que leva a hipertrofia provoca também aumento do material genético, podendo haver poliploidia ou multiplicação celular. A hipertrofia é um processo reversível, cessado o estimulo, a célula volta ao aspecto normal. Assim, após o parto o útero readquire suas dimensões normais. Porem se o estimulo persistir ou aumentar alem da capacidade adaptativa, pode ocorrer dois eventos: multiplicação celular (hiperplasia) se a celular tem capacidade reprodutiva, e degenerações variadas e até morte celular.
SIGNIFICADO DO TERMO HIPERPLASIA
O termo hiperplasia é usado quando se quer mencionar o aumento do número de células num órgão ou num tecido. A hiperplasia ocorre se a população celular for capaz de sintetizar DNA permitindo, assim, que ocorra a mitose. Devido ao envelhecimento as células vão perdendo a capacidade de sofrer mitose pois não podem mais duplicar seu DNA devido a falta de telômeros dentro do núcleo celular, pois essa substancia vai se perdendo a medida que a cèlula se multiplica durante toda a vida, por este motivo as pessoas idosas não possuem um corpo atlético, pois suas células já estão envelhecidas.
Mecanismos:
A Hiperplasia é causada pela produção local de fatores de crescimento, aumento dos receptores nas células envolvidas ou na activação de determinadas vias de sinalização intracelular. Todas essas alterações levam à produção de fatores de transcrição que ativam muitos genes celulares, incluindo os genes que codificam os fatores de crescimento, receptores para os fatores de crescimento e reguladores do ciclo celular, resultando na proliferação celular. Na hiperplasia hormonal, as próprias podem atuar como fatores de crescimento e desencadear a transcrição de vários genes celulares. A fonte dos fatores de crescimento na hiperplasia compensatória e os estímulos para a sua produção não estão bem definidos. O aumento no volume do tecidual celular após alguns tipos de perda celular ocorre tanto através da proliferação das células remanescentes como também pelo desenvolvimento de novas células a partir de células-tronco.
Mecanismos:
A Hiperplasia é causada pela produção local de fatores de crescimento, aumento dos receptores nas células envolvidas ou na activação de determinadas vias de sinalização intracelular. Todas essas alterações levam à produção de fatores de transcrição que ativam muitos genes celulares, incluindo os genes que codificam os fatores de crescimento, receptores para os fatores de crescimento e reguladores do ciclo celular, resultando na proliferação celular. Na hiperplasia hormonal, as próprias podem atuar como fatores de crescimento e desencadear a transcrição de vários genes celulares. A fonte dos fatores de crescimento na hiperplasia compensatória e os estímulos para a sua produção não estão bem definidos. O aumento no volume do tecidual celular após alguns tipos de perda celular ocorre tanto através da proliferação das células remanescentes como também pelo desenvolvimento de novas células a partir de células-tronco.
sábado, 21 de agosto de 2010
Atuação da fisioterapia em paciente com doença de Refsum
relato de um caso
Descrição do caso
Discussão e conclusão
Introdução
A Doença de Refsum é parte de um grupo de doenças genéticas chamadas leucodistrofias, que danificam progressivamente a bainha de mielina das células cerebrais, afetando diversos sistemas do organismo1. É um transtorno hereditário autossômico recessivo, um erro inato do metabolismo, causada pelo acúmulo de ácido fitânico no sangue e tecidos, pela incapacidade de metabolização do organismo1,2, onde o defeito herdado consiste em um bloqueio da oxidação alfa desse ácido2, havendo uma deficiência no metabolismo pelos peroxissomos3-5. Autores sugerem que o acúmulo do ácido fitânico inicia a morte celular dos astrócitos, ativando a rota de apoptose mitocondrial3-5. O ácido fitânico constitui 10 a 30% dos ácidos graxos no plasma2, e tem como precursores substâncias contendo clorofila e fitol1.
Os primeiros casos da doença foram relatados em 1945 por Sigvald Refsum, a propósito de 4 pacientes de 2 famílias distintas, que denominouheredophathia ataxia polyneuritiformis, atualmente sendo conhecida como Doença de Refsum1.
A Doença de Refsum é uma doença neurológica rara caracterizada principalmente por neuropatia sensorial, ataxia cerebelar, anosmia, retinite pigmentosa, pele seca, deformidades esqueléticas e ictiose, sendo mais comum em crianças ou adultos jovens de origem escandinava2,6-7. Os pacientes com Doença de Refsum sofrem também de neurodegeneração e distrofia muscular3, podendo apresentar hipotonia, areflexia/hiporeflexia e hemiplegia/hemiparesia. O acúmulo de ácido fitânico em tecidos graxos da mielina, coração, fígado e retina é que leva às alterações citadas7.
No início do quadro são comuns manifestações oculares como cegueira noturna e restrição concêntrica do campo visual, em virtude da retinose pigmentar que se instala1. O prognóstico desta doença é reservado, progredindo os sintomas algumas vezes até cegueira completa e surdez, freqüentemente aumentando e diminuindo de intensidade. As recidivas são bastante irregulares, estando correlacionadas com o grau de aumento das proteínas liquóricas2.
A Doença de Refsum é de difícil e complexo diagnóstico7, realizado mediante análise cromatográfica do plasma2, sendo confirmado pela presença de acidemia fitânica6.
A terapia consiste numa dieta com baixo teor de fitol2 e clorofila, por exemplo, frutas, vegetais e manteiga1. No entanto, sabe-se que a restrição da dieta com ácido fitânico, não é totalmente suficiente para prevenir os surtos agudos da doença e nem estabilizar seu curso progressivo7.
Considerando que o paciente com Doença de Refsum pode apresentar inúmeras alterações motoras, decorrentes do comprometimento neurológico, surge a necessidade da intervenção fisioterápica, juntamente com o tratamento clínico, visando um melhor prognóstico e qualidade de vida do paciente.
Portanto, nosso objetivo é relatar um caso da doença de Refsum, enfatizando a importância da fisioterapia no prognóstico dos pacientes acometidos, tendo em vista sua importância, já que na revisão da literatura encontrou-se poucos artigos relacionados a essa doença rara.
Descrição do caso
Paciente da raça branca, 52 anos, sexo masculino, viúvo, filho de pais consangüíneos, primos de 1º grau, com cinco irmãos filhos dos mesmos pais, procedente de Osório/RS, com diagnóstico de Doença de Refsum. Paciente em 1991 teve diagnóstico de retinose pigmentar com evolução para amaurose bilateral em 1 ano. Em 2004 iniciou perda gradual de funcionalidade motora apresentando discinesias. Em 2005 parou de deambular, necessitando da utilização de cadeira de rodas e em poucos meses, após falecimento da esposa, iniciou quadro de demência, alucinações, alteração de sensibilidade e aumento do comprometimento motor, evoluindo para falta de controle de tronco, não conseguindo permanecer sentado.
O paciente foi internado no Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre/RS-Brasil no início de agosto de 2006 por queixa de disfagia e piora do quadro geral, onde foi diagnosticado portador da Doença de Refsum.
Em sua história familial, destacaram-se os seguintes fatos: (1) dois irmãos com hipertensão arterial; (2) um casal de irmãos com hipertensão arterial e uso de óculos; (3) um irmão com surdez; (4) avô paterno faleceu com quadro de demência e incapacidade motora de locomoção. Apresentou hipertensão arterial e meningite bacteriana com 22 anos.
A tomografia computadorizada de crânio, de novembro de 2005, mostrou acentuação de sulcos e cisternas, moderada dilatação ventricular com infiltrado subependemário, e pequenas calcificações residuais. Em agosto de 2006, o mesmo exame demonstrou atrofia cerebral e cerebelar com lesão isquêmica parietal à direita; e na ressonância magnética, atrofia cerebral e cerebelar com diminuição volumétrica dos pedúnculos cerebelares superiores.
Na avaliação fisioterápica o paciente apresentou nistagmo horizontal, hipertonia em membros inferiores, passividade no leito, hipotonia de tronco, afasia, discinesias em membros superiores, teste neurológico Mingazini de membros superiores e inferiores positivo, deficiência visual e auditiva.
Na avaliação específica pré e pós intervenção, para verificar a influência da fisioterapia no prognóstico do paciente, foi usado o índice de Barthel modificado8, para a avaliação da funcionalidade do paciente e a escala de Ashworth modificada9, para avaliação do tônus muscular.
O índice de Barthel é um método quantitativo para avaliação do grau de independência na realização de atividades de vida diária (AVD´s), que permite uma ampla graduação entre máxima dependência (10 pontos) e máxima independência (50 pontos)8. O paciente relatado, obteve pontuação 11 na avaliação pré intervenção, indicando grande dependência para realização das AVD´s. A escala de Ashworth modificada é um dos métodos mais utilizados para avaliação do tônus muscular em pacientes com comprometimento neurológico, cuja pontuação varia de 0 (sem aumento do tônus muscular) a 4 (membro afetado rígido em flexão ou extensão)9. O paciente obteve na avaliação pré intervenção pontuação 2, ou seja, apresentou aumento evidente no tônus muscular, sendo o segmento afetado, facilmente movido.
Durante a hospitalização, o paciente recebeu atendimento de fisioterapia duas vezes ao dia, exceto nos dias em que estava fora do quarto realizando exames e procedimentos da enfermagem. Mediante o quadro clínico, foram realizados os seguintes procedimentos fisioterápicos: mobilizações articulares gerais de membros superiores e inferiores; exercícios passivos e ativo-assistidos de membros inferiores; dissociação de cintura pélvica; exercício passivo e ativo-assistido de membros superiores usando diagonais primitiva e funcional de FNP (técnica de iniciação rítmica); exercício ativo-assistido de ombros e cotovelos e ativos de punho e metacarpos; exercícios isométricos para membros inferiores e membros superiores; trocas de decúbito no leito; posicionamento do paciente sentado no leito e poltrona; mobilizações ântero-posteriores e látero-laterais de tronco superior na posição sentada; estimulação para controle de cabeça, controle de tronco e reações de equilíbrio e endireitamento na posição sentada; na mesma posição, trabalho de transferência de peso látero-lateral e ântero-posterior.
Após 50 dias de internação hospitalar, o paciente apresentou melhora das discinesias, discreta melhora do controle de tronco, melhora do quadro de demência e do estado geral. Na avaliação através do índice de Barthel modificado, o paciente demonstrou discreta melhora da funcionalidade, pontuando 14 pontos, e segundo a escala de Ashworth modificada, o paciente apresentou diminuição da hipertonia, com graduação 1+ (leve aumento no tônus muscular). Paciente permaneceu internado devido a complicações pulmonares decorrentes da longa permanência hospitalar.
Discussão e conclusão
A Doença de Refsum, sendo do grupo das doenças genéticas - leucodistrofias, pode ter associação com consangüinidade, apesar dos estudos não mostrarem de maneira específica essa relação.
O quadro de alterações motoras não é especificado nos estudos, pois depende do acometimento no sistema nervoso central, sendo que as características apresentadas no paciente relatado estão de acordo com a literatura revisada.
A terapia descrita para a Doença de Refsum é somente a baixa ingestão nutricional de derivados do ácido fitânico. Não foram encontrados estudos sobre a reabilitação dos pacientes com Doença de Refsum e a atuação e importância da fisioterapia nesses casos, sendo que o paciente portador dessa doença, como relatado no estudo, apresenta diversas alterações e distúrbios da cinesia funcional, nas quais é fundamental a atuação da fisioterapia. A recuperação da função motora e a melhora da qualidade de vida são muito importantes para o paciente neurológico10, sendo que o objetivo mais importante da fisioterapia, na reabilitação de paciente com alterações neurológicas crônicas é alcançar o maior grau de independência do paciente11. O tratamento fisioterápico tende a retardar a perda da função motora paralelo ao processo neurológico degenerativo que é irrevercível. Através da fisioterapia é possível minimizar ou evitar as aderências articulares e atrofias musculares, prevenir úlceras de pressão, oferecendo ao paciente alternativas de conforto e independência nas AVD´s, melhorando a qualidade de vida e tornando os movimentos mais funcionais, como comprovado no caso relatado.
Conclui-se que é fundamental a atuação da fisioterapia na reabilitação de paciente com Doença de Refsum. Ressalta-se aqui, a importância do estudo, visto que na literatura não foram encontrados artigos relacionando a fisioterapia com a doença de Refsum, portanto, torna-se necessário a realização de maiores estudos que relatem e comprovem a efetividade da fisioterapia na recuperação e reabilitação desses pacientes.
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