sábado, 11 de setembro de 2010

CALCULOS BILIARES

''A vesícula biliar é um órgão que se localiza junto ao fígado e tem a função de armazenar a bile, a qual é produzida pelo fígado, e liberada no intestino após as refeições. A bile ajuda na digestão das gorduras e tem um alto teor de sais biliares, que são produzidos a partir de colesterol. Assim, a vesícula funciona como uma bolsa armazenadora desses sais biliares, ricos em colesterol. Nos intervalos entre as refeições, a parte líquida da bile vai sendo absorvida pelas paredes da vesícula, fazendo com que a mesma fique mais concentrada, ou seja, menor quantidade de água. Este é o mecanismo pelo qual começam a se formar os cálculos ou pedras".

Cálculo biliar:


Cálculos biliares são pequenas pedras que se formam na vesícula biliar, órgão localizado no lobo inferior direito do fígado onde a bile se concentra e de onde é lançada sob a influência de um hormônio intestinal. A bile produzida no fígado consiste na mistura de várias substâncias, entre elas o colesterol, responsável por cerca de 75% dos casos de formação de cálculos. Alguns deles se alojam na vesícula biliar e não causam sintomas. Outros ficam presos no duto biliar e bloqueiam o fluxo da bile para o intestino. Essa obstrução provoca a cólica biliar que se caracteriza por dor intensa no lado direito superior do abdome ou nas costas, na região entre as omoplatas. A crise de cólica persiste enquanto a pedra permanecer no duto. No entanto, muitas podem voltar para a vesícula ou ser empurradas para o intestino. Quando isso ocorre, a crise dolorosa diminui.

Sintomas:

Alguns cálculos na vesícula podem ser assintomáticos, mas outros provocam dor intensa do lado direito superior do abdome que se irradia para a parte de cima da caixa torácica ou para as costelas. A dor normalmente aparece meia hora após uma refeição, atinge um pico de intensidade e diminui depois. Pode vir ou não acompanhada de febre, náuseas e vômitos.

Causas:


Muitos fatores podem alterar a composição da bile e acionar o gatilho de formação dos cálculos na vesícula. Alguns fatores que aumentam o risco são:
·Dieta rica em gorduras e carboidratos e pobre em fibras ;
·Vida sedentária que eleva o LDL (mau colesterol) e diminui o HDL (bom colesterol);
·Diabetes;
·Obesidade;
·Hipertensão (pressão alta);
·Fumo;
·Uso prolongado de anticoncepcionais;
·Elevação do nível de estrogênio o que explica a incidência maior de cálculos biliares nas mulheres;
·Predisposição genética.

Recomendações:


*faça uma dieta rica em fibras e com pouca gordura. Alimentos gordurosos podem elevar o nível do colesterol;
* procure manter o peso ideal para seu tipo físico. Isso ajuda a controlar o nível do colesterol e a prevenir diabetes e hipertensão;
* largue o cigarro;
* discuta com seu médico a conveniência de tomar pílulas anticoncepcionais ou fazer reposição hormonal, se você tem histórico familiar de cálculo na vesícula.
Advertência:
Consulte um médico se os sintomas dolorosos de cálculo biliar se manifestarem e, especialmente, se forem seguidos de febre, náuseas e vômitos. O tratamento pode ser feito à base de medicamentos que diluem o cálculo se ele for constituído apenas por colesterol. Nos outros casos, a cirurgia por laparoscopia, que requer poucos dias de internação hospitalar, é a conduta mais indicada. Tratamento por ondas de choque para fragmentar o cálculo representa também uma possibilidade terapêutica.

LOCAL ONDE OCORRE OS CALCULOS


FONTE: ABC DA SAUDE E BIBLIOMED.

CÁLCULOS RENAIS


O que é ?
calculos renais ou pedras no rim

A litíase, nefrolitíase, cálculo urinário ou pedra no rim, como são comumente conhecidos os cálculos renais, na verdade são uma desordem causada por uma estrutura cristalina que se forma nas várias partes do trato urinário. São depósitos organizados de sais minerais nos rins ou em qualquer parte do aparelho urinário. Estas pedras começam bem pequenas e vão crescendo. O desenvolvimento, o formato e a velocidade de crescimento destas estruturas dependem da concentração das diferentes substâncias químicas presentes na urina. Acredita-se que o crescimento dos cálculos renais pode ser acelerado por substâncias denominadas promotoras e retardado por substâncias ditas inibidoras. Cálculos renais constituídos por cálcio são os mais comuns. Alguns outros minerais normalmente encontrados são: estruvita, oxalato, ácido úrico. Comumente as pedras podem ser formadas por uma mistura destes elementos. Quando houver um excesso destes minerais no organismo, há uma tendência para que eles se depositem na urina. Em geral, o acúmulo de minerais que acabam se cristalizando ocorre devido a uma disfunção metabólica no organismo.O cálculo renal tem prevalência de 1% a 5%, e pico de incidência dos 20 aos 50 anos de idade, É duas vezes mais comum no sexo masculino a taxa de recorrência é de dez 10% por ano, Cerca de 80% dos cálculos são eliminados espontaneamente, porcentagem que cai para 10% se o cálculo for maior que 8mm. Complicações são incomuns e a insuficiência (falência) renal ocorrerá se houver obstrução ureteral completa por mais de sete dias.

sintomas:

A dor causada por um cálculo renal é descrita como a mais severa dor que uma pessoa pode experimentar, ocorrendo na porção inferior das costas ou no abdômen. Esta dor pode ser tanto constante como descontínua e pode vir acompanhada de náusea, vômito e sangue na urina, A manifestação mais característica e dramática é a cólica reno-ureteral. O paciente apresenta-se inquieto e não encontra posição que alivie a dor, ao contrário das inflamações intra-abdominais ou das doenças ósseas e musculares da região lombar, quando o paciente mantém-se quieto em uma determinada posição.Geralmente há hematúria(urina com sangue), na maioria das vezes, microscópica(observada apenas em exames de urina). Cálculos do ureter distal (o que fica próximo à bexiga) costumam manifestar-se por dor ou ardência ao urinar (disúria), urinar pequenas quantidades e com maior freqüência (polaciúria) e desejo forte e imediato de urinar (urgência miccional), Em alguns casos, não há manifestação dolorosa, apenas sintomas irritativos do trato urinário baixo, Devido à dor severa, um ataque agudo consiste em uma verdadeira urgência.

Diagnóstico:

(imagem do atlas de patologia)
O diagnóstico pode ser incidental (por acaso), em exames de imagem, radiografia ou ultra-sonografia para investigações ortopédicas, gastrenterológicas ou ginecológicas.Na fase aguda, durante o episódio doloroso, o exame de urina pode demonstrar hematúria, piúria (pus na urina) e cristalúria (cristais na urina).A radiografia simples do abdome tem baixa sensibilidade e boa especificidade; a presença de gases e fezes poderá ocultar o cálculo.Em várias ocasiões, não se poderá distinguir um cálculo de uma calcificação de veia (flebolito) pélvica e cálculos de pouco, ou mesmo nenhum conteúdo cálcico será detectado, embora 95% dos cálculos sejam visíveis aos RX.A ultra-sonografia detectará a maioria dos cálculos intra-renais e do ureter distal, mas não aqueles do ureter médio. Ela é muito útil para avaliar o grau de obstrução/dilatação das cavidades do rim e ureter (pielo-ureteral).A radiografia com contraste das vias urinárias (urografia excretora) continua sendo o padrão-ouro, já que detectará, direta ou indiretamente, a maioria dos cálculos. ela é extremamente útil para avaliar o grau e o sítio da obstrução além do seu inestimável valor prognóstico e coadjuvante no planejamento terapêutico. O meio de contraste poderá agravar o quadro e forçar o deslocamento do cálculo. Na maioria dos casos, não deverá ser realizada durante a crise, A tomografia espiral (helicoidal) do abdome, sem contraste, está ganhando simpatia como método de eleição para diagnóstico e localização dos cálculos ureterais, além de estimar o grau de dilatação pielo-calicial, No momento, seu emprego rotineiro é limitado por seu alto custo operacional.Na fase tardia (pós-crise dolorosa) ou após a eliminação do cálculo, o estudo da composição do cálculo e o perfil metabólico do paciente serão importantes para o diagnóstico e conseqüente prevenção da recorrência.
Tomografia demonstrando cálculo
 ureteral provocando dilatação da via
excretora acima do cálculo.

Tipos de cálculos:

Os cálculos de oxalato de cálcio são os mais freqüentemente encontrados. 

Os de ácido úrico decorrem de hiperuricemia (excesso de ácido úrico no sangue) ou hiperuricosúria (excesso de ácido úrico na urina). 

Os de estruvita(fosfato amoníaco magnesiano), são os chamados "cálculo de infecção", associados a infecções por germes desdobradores da uréia (Proteus, Pseudomonas e Klebsiella). 

Os cálculos de cistina são raros, e decorrentes de uma rara condição autossômica recessiva, a cistinúria.


Tratamento:

O tratamento da crise dolorosa deverá ser instituído imediatamente, Antiespasmódicos por via venosa tem eficácia discutida, embora seu emprego seja quase rotineiro, Antinflamatórios não-hormonais (AINH) por via venosa ou intramuscular são mais eficientes; ao inibirem a síntese das prostaglandinas, diminuem a filtração glomerular a aliviam a distensão da cápsula renal, maior responsável pela dor, Opiáceos e opióides costumam ser úteis nos casos mais rebeldes, Deve-se evitar a hiperidratação (excesso de oferta de líquidos) durante a crise; repondo apenas as perdas nos casos de vômitos excessivos (hiperêmese), Aconselha-se coar a urina para recuperar os cálculos eliminados, para análise química destes no intuito de estabelecer sua composição.
Quando a internação é necessária
A internação não é necessária, exceto nos seguintes casos: 
- desidratação, 
- dor intratável, 
- infecção e 
- cálculo ureteral em rim solitário. 
O paciente deverá ser encaminhado ao urologista se a cólica reno-ureteral persistir por mais de 72 horas, infecção ou obstrução ureteral.
A desobstrução ureteral, temporária ou permanente, é conseguida pelo emprego de um, ou combinação dos seguintes métodos: 
- Implante de catéter ureteral duplo "J", por nefrostomia percutânea ou cistoscopia. 
- Litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO). Método de escolha para cálculos renais ou ureterais proximais de menos de 2 cm de tamanho. Muito limitado se empregado em pacientes muito obesos, cálculos ureterais distais, cálculos de ácido úrico ou cistina. Contra-indicado em gestantes. 
- Nefrolitotomia percutânea, indicada para cálculos coraliformes (grandes, ocupando todo o rim), cálculos múltiplos, cálculos maiores de doi centímetros e outros cuja resolução seja difícil ou impossível através da LECO. 
- Ureterolitotripsia transureteroscópica, indicada para cálculos ureterais, principalmente os distais e ainda quando a obstrução ureteral for completa. 
- Cirurgia aberta, raramente indicada (5% dos casos), em virtude dos inúmeros métodos pouco invasivos disponíveis.
Após a eliminação espontânea ou remoção do cálculo, é necessário insistir nas medidas preventivas para evitar ou minimizar recorrências. O estudo metabólico identificará o distúrbio básico e orientará sobre a melhor conduta. 
Para todos os tipos de cálculos, ingerir grande quantidade de líquidos (especialmente água) para garantir um débito urinário de pelo menos 2 litros por dia.
Para os cálculos de cálcio, a dieta pobre em cálcio parece ser importante. Evitar grandes restrições em idosos e nos pacientes com risco de osteoporose. Tiazídicos são empregados para controle da hipercalcíuria renal e fosfato de celulose para calciúria absortiva. Deve-se tratar adequadamente o hiperparatiroidismo, quando houver.
Para os cálculos de ácido úrico, dieta hipopurínica, alcalinização urinária e alopurinol são, geralmente, suficientes para controle da recorrência. 
Para os cálculos de cistina, a alcalinização urinária também é eficiente, bem como o emprego de penicilamina ou troponina para redução da cistinúria.
O reconhecimento imediato da condição aguda, as medidas de urgência instituídas e orientação dos pacientes quanto ao seguimento, abreviarão o sofrimento agudo e minimizarão a ocorrência de complicações pertinentes.

Prevenção:
água a melhor prevenção

Uma simples e importante mudança que sem dúvida ajuda a prevenir as pedras nos rins é o aumento da ingestão de água, no mínimo de 2 a 3 litros por dia, Tratamentos a base de chás e dieta alimentar dificilmente resolverão o problema, mas sem dúvida podem ajudar. O tratamento de cálculos renais pode ser auxiliado por chás de algumas plantas, tais como: chá de quebra pedra(que é o mais indicado irei falar sobre ele na próxima postagem),alsina, aparina, bagas de junípero, raiz de salsa, raiz de alteia, raiz de hortência e sumo de maçã. O chá de tomateiro elimina o ácido úrico, é diurético e laxativo, auxiliando na eliminação dos cálculos renais.
Para preparar a infusão de tomateiro utilize:
2 colheres de sopa das folhas de tomateiro fatiadas 2 copos de água fervente. Deixe em infusão por 15 minutos, abafado. Ainda morno, filtre e beba durante o dia.

OBS: Exite esse outro remédio caseiro que há varios testemunhos que resolveu tanto prevenindo como eliminando os cálculos renais e é bastante simples; consiste em beber 50 gramas de óleo de oliva e 50 gramas de suco de limão; acompanhe isto com a ingesta de bastante água, assim você também estará facilitando a eliminação das pedras nos rins.


terça-feira, 7 de setembro de 2010

SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO

Oi Gente hoje vim aqui falar um pouco sobre essa doença que é pouco comentada na sociedade mais que esta sendo bem comum, que me deparei com ela esses ultimos meses e me aprofundei um pouco no assunto pois infelismente o médico esta com suspeita de que minha mae possa ter entao vim postar pra v6 um pouco do que aprendi...

O que é?
Síndrome do túnel do carpo é o nome referido a uma doença que ocorre quando o nervo que passa na região do punho (nervo mediano) fica submetido a compressão(fig 01), originando sintomas característicos que serão descritos adiante.
Representa doença muito comum e pouco conhecida entre mulheres na faixa de 35 a 60 anos, pode ocorrer com menor frequência fora dessas faixas de idade e também ocasionalmente em homens.
fig 01
Local de dor e compressão


Sintomas mais comuns:                                                                         Os sintomas típicos são representados por dormência e formigamento nas mãos, principalmente nas extremidades dos dedos indicador, médio e anular; em quase 2/3 dos casos é bilateral. Caracteristicamente esses sintomas ocorrem durante a noite, fazendo com que as pessoas tenham que levantar, movimentar as mãos ou mesmo coloca-las em imersão de água quente; algumas vezes pode surgir dor em todo membro superior (mão, antebraço e braço); também são frequentes as sensações de choques em determinadas posições da mão como segurar um objeto com força, segurar volante do carro ou descascar frutas e legumes. Com muita frequência as pessoas imaginam que estão tendo "derrame" ou "problemas de circulação" procurando assistência médica especializada nessa área. Esses sintomas de dormência e formigamento podem melhorar e piorar ao longo de meses ou até anos, fazendo com que o diagnóstico preciso e correto seja retardado.

Motivos conhecidos:
Na maioria dos casos essa compressão do nervo na região do punho ("nervo preso") deve-se a estreitamento no seu canal de passagem por inflamação crônica não específicados tendões que também passam por esse canal. Em outros casos com menor frequência podem exister doenças associadas comprimindo o nervo. É importante ressaltar que mulheres grávidas podem ter sintomas da doença ocasionados por edema ("inchaço") próprio da gravidez; na maioria dos casos os sintomas desaparecem após o parto podendo reaparecer muitos anos mais tarde. Algumas atividades profissionais que envolvem flexão contínua dos dedos (exemplo ordenha de leite) podem desencadear sintomas de compressão do nervo.

Diagnostico:
O diagnóstico da síndrome do túnel do carpo é baseado nos sintomas característicos e na comprovação da compressão do nervo por um exame chamado eletroneuromiografia(fig 02); nesse exame os nervos do antebraço, punho e dedos são estimulados por choques de pequena intensidade sendo o resultado medido na tela do aparelho.

fig 02
A Eletroneuromiografia
Tratamento:
O tratamento para os casos de compressão leve (critério baseado no exame eletroneuromiográfico) pode ser inicialmente feito imobilizando-se o punho por "splints"; jamais o punho deve ser enfaixado pois pode piorar a compressão; também deve ser evitada qualquer medida fisioterápica nessa fase. Os "splints" são pequenas talas de material duro porém flexível que são colocados desde a mão até o antebraço e fixados com velcro, podendo ser facilmente retirados e colocados(fig 03). Os remédios ou infiltrações no local podem ser utilizados, porém são sempre paliativos ou seja não resolvem o problema definitivamente.

Nos casos em que o tratamento por imobilização falha ou naqueles nos quais o exame eletroneuromiográfico revela compressão mais grave do nervo devem ser submetidos à cirurgia(fig04). O objetivo da cirurgia é abrir o canal por onde o nervo passa, resolvendo o problema definitivamente na maioria dos casos. Quando o nervo fica comprimido muito tempo pode haver atrofia definitiva ("nervo atrofiado ou seco") com pouca recuperação mesmo após a cirurgia, entao entra a fisioterapia pois a fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos nos dois casos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento tem uma otima evolução com o fisioterapeuta.
fig 04
Liberação cirurgica