O que é ?
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calculos renais ou pedras no rim |
A litíase, nefrolitíase, cálculo urinário ou pedra no rim, como são comumente conhecidos os cálculos renais, na verdade são uma desordem causada por uma estrutura cristalina que se forma nas várias partes do trato urinário. São depósitos organizados de sais minerais nos rins ou em qualquer parte do aparelho urinário. Estas pedras começam bem pequenas e vão crescendo. O desenvolvimento, o formato e a velocidade de crescimento destas estruturas dependem da concentração das diferentes substâncias químicas presentes na urina. Acredita-se que o crescimento dos cálculos renais pode ser acelerado por substâncias denominadas promotoras e retardado por substâncias ditas inibidoras. Cálculos renais constituídos por cálcio são os mais comuns. Alguns outros minerais normalmente encontrados são: estruvita, oxalato, ácido úrico. Comumente as pedras podem ser formadas por uma mistura destes elementos. Quando houver um excesso destes minerais no organismo, há uma tendência para que eles se depositem na urina. Em geral, o acúmulo de minerais que acabam se cristalizando ocorre devido a uma disfunção metabólica no organismo.O cálculo renal tem prevalência de 1% a 5%, e pico de incidência dos 20 aos 50 anos de idade, É duas vezes mais comum no sexo masculino a taxa de recorrência é de dez 10% por ano, Cerca de 80% dos cálculos são eliminados espontaneamente, porcentagem que cai para 10% se o cálculo for maior que 8mm. Complicações são incomuns e a insuficiência (falência) renal ocorrerá se houver obstrução ureteral completa por mais de sete dias.
sintomas:
A dor causada por um cálculo renal é descrita como a mais severa dor que uma pessoa pode experimentar, ocorrendo na porção inferior das costas ou no abdômen. Esta dor pode ser tanto constante como descontínua e pode vir acompanhada de náusea, vômito e sangue na urina, A manifestação mais característica e dramática é a cólica reno-ureteral. O paciente apresenta-se inquieto e não encontra posição que alivie a dor, ao contrário das inflamações intra-abdominais ou das doenças ósseas e musculares da região lombar, quando o paciente mantém-se quieto em uma determinada posição.Geralmente há hematúria(urina com sangue), na maioria das vezes, microscópica(observada apenas em exames de urina). Cálculos do ureter distal (o que fica próximo à bexiga) costumam manifestar-se por dor ou ardência ao urinar (disúria), urinar pequenas quantidades e com maior freqüência (polaciúria) e desejo forte e imediato de urinar (urgência miccional), Em alguns casos, não há manifestação dolorosa, apenas sintomas irritativos do trato urinário baixo, Devido à dor severa, um ataque agudo consiste em uma verdadeira urgência.
Diagnóstico:
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(imagem do atlas de patologia) |
O diagnóstico pode ser incidental (por acaso), em exames de imagem, radiografia ou ultra-sonografia para investigações ortopédicas, gastrenterológicas ou ginecológicas.Na fase aguda, durante o episódio doloroso, o exame de urina pode demonstrar hematúria, piúria (pus na urina) e cristalúria (cristais na urina).A radiografia simples do abdome tem baixa sensibilidade e boa especificidade; a presença de gases e fezes poderá ocultar o cálculo.Em várias ocasiões, não se poderá distinguir um cálculo de uma calcificação de veia (flebolito) pélvica e cálculos de pouco, ou mesmo nenhum conteúdo cálcico será detectado, embora 95% dos cálculos sejam visíveis aos RX.A ultra-sonografia detectará a maioria dos cálculos intra-renais e do ureter distal, mas não aqueles do ureter médio. Ela é muito útil para avaliar o grau de obstrução/dilatação das cavidades do rim e ureter (pielo-ureteral).A radiografia com contraste das vias urinárias (urografia excretora) continua sendo o padrão-ouro, já que detectará, direta ou indiretamente, a maioria dos cálculos. ela é extremamente útil para avaliar o grau e o sítio da obstrução além do seu inestimável valor prognóstico e coadjuvante no planejamento terapêutico. O meio de contraste poderá agravar o quadro e forçar o deslocamento do cálculo. Na maioria dos casos, não deverá ser realizada durante a crise, A tomografia espiral (helicoidal) do abdome, sem contraste, está ganhando simpatia como método de eleição para diagnóstico e localização dos cálculos ureterais, além de estimar o grau de dilatação pielo-calicial, No momento, seu emprego rotineiro é limitado por seu alto custo operacional.Na fase tardia (pós-crise dolorosa) ou após a eliminação do cálculo, o estudo da composição do cálculo e o perfil metabólico do paciente serão importantes para o diagnóstico e conseqüente prevenção da recorrência.
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Tomografia demonstrando cálculo
ureteral provocando dilatação da via
excretora acima do cálculo. |
Tipos de cálculos:
Os cálculos de oxalato de cálcio são os mais freqüentemente encontrados.
Os de ácido úrico decorrem de hiperuricemia (excesso de ácido úrico no sangue) ou hiperuricosúria (excesso de ácido úrico na urina).
Os de estruvita(fosfato amoníaco magnesiano), são os chamados "cálculo de infecção", associados a infecções por germes desdobradores da uréia (Proteus, Pseudomonas e Klebsiella).
Os cálculos de cistina são raros, e decorrentes de uma rara condição autossômica recessiva, a cistinúria.
Tratamento:
O tratamento da crise dolorosa deverá ser instituído imediatamente, Antiespasmódicos por via venosa tem eficácia discutida, embora seu emprego seja quase rotineiro, Antinflamatórios não-hormonais (AINH) por via venosa ou intramuscular são mais eficientes; ao inibirem a síntese das prostaglandinas, diminuem a filtração glomerular a aliviam a distensão da cápsula renal, maior responsável pela dor, Opiáceos e opióides costumam ser úteis nos casos mais rebeldes, Deve-se evitar a hiperidratação (excesso de oferta de líquidos) durante a crise; repondo apenas as perdas nos casos de vômitos excessivos (hiperêmese), Aconselha-se coar a urina para recuperar os cálculos eliminados, para análise química destes no intuito de estabelecer sua composição.
Quando a internação é necessária
A internação não é necessária, exceto nos seguintes casos:
- desidratação,
- dor intratável,
- infecção e
- cálculo ureteral em rim solitário.
O paciente deverá ser encaminhado ao urologista se a cólica reno-ureteral persistir por mais de 72 horas, infecção ou obstrução ureteral.
A desobstrução ureteral, temporária ou permanente, é conseguida pelo emprego de um, ou combinação dos seguintes métodos:
- Implante de catéter ureteral duplo "J", por nefrostomia percutânea ou cistoscopia.
- Litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO). Método de escolha para cálculos renais ou ureterais proximais de menos de 2 cm de tamanho. Muito limitado se empregado em pacientes muito obesos, cálculos ureterais distais, cálculos de ácido úrico ou cistina. Contra-indicado em gestantes.
- Nefrolitotomia percutânea, indicada para cálculos coraliformes (grandes, ocupando todo o rim), cálculos múltiplos, cálculos maiores de doi centímetros e outros cuja resolução seja difícil ou impossível através da LECO.
- Ureterolitotripsia transureteroscópica, indicada para cálculos ureterais, principalmente os distais e ainda quando a obstrução ureteral for completa.
- Cirurgia aberta, raramente indicada (5% dos casos), em virtude dos inúmeros métodos pouco invasivos disponíveis.
Após a eliminação espontânea ou remoção do cálculo, é necessário insistir nas medidas preventivas para evitar ou minimizar recorrências. O estudo metabólico identificará o distúrbio básico e orientará sobre a melhor conduta.
Para todos os tipos de cálculos, ingerir grande quantidade de líquidos (especialmente água) para garantir um débito urinário de pelo menos 2 litros por dia.
Para os cálculos de cálcio, a dieta pobre em cálcio parece ser importante. Evitar grandes restrições em idosos e nos pacientes com risco de osteoporose. Tiazídicos são empregados para controle da hipercalcíuria renal e fosfato de celulose para calciúria absortiva. Deve-se tratar adequadamente o hiperparatiroidismo, quando houver.
Para os cálculos de ácido úrico, dieta hipopurínica, alcalinização urinária e alopurinol são, geralmente, suficientes para controle da recorrência.
Para os cálculos de cistina, a alcalinização urinária também é eficiente, bem como o emprego de penicilamina ou troponina para redução da cistinúria.
O reconhecimento imediato da condição aguda, as medidas de urgência instituídas e orientação dos pacientes quanto ao seguimento, abreviarão o sofrimento agudo e minimizarão a ocorrência de complicações pertinentes.
Prevenção:
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água a melhor prevenção |
Uma simples e importante mudança que sem dúvida ajuda a prevenir as pedras nos rins é o aumento da ingestão de água, no mínimo de 2 a 3 litros por dia, Tratamentos a base de chás e dieta alimentar dificilmente resolverão o problema, mas sem dúvida podem ajudar. O tratamento de cálculos renais pode ser auxiliado por chás de algumas plantas, tais como: chá de quebra pedra(que é o mais indicado irei falar sobre ele na próxima postagem),alsina, aparina, bagas de junípero, raiz de salsa, raiz de alteia, raiz de hortência e sumo de maçã. O chá de tomateiro elimina o ácido úrico, é diurético e laxativo, auxiliando na eliminação dos cálculos renais.
Para preparar a infusão de tomateiro utilize:
2 colheres de sopa das folhas de tomateiro fatiadas 2 copos de água fervente. Deixe em infusão por 15 minutos, abafado. Ainda morno, filtre e beba durante o dia.
OBS: Exite esse outro remédio caseiro que há varios testemunhos que resolveu tanto prevenindo como eliminando os cálculos renais e é bastante simples; consiste em beber 50 gramas de óleo de oliva e 50 gramas de suco de limão; acompanhe isto com a ingesta de bastante água, assim você também estará facilitando a eliminação das pedras nos rins.